2 E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo um grande fogo, nos recolheram a todos por causa da chuva que sobrevinha, e por causa do frio.
3 E havendo Paulo ajuntado um feixe de gravetos, e pondo-os no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão.
4 E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, a quem, escapando do mar, a Justiça não deixa viver.
5 Porém, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal.
6 E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; porém, tendo esperado já muito, e vendo que nenhum mal lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.
7 E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia umas herdades que pertenciam ao chefe da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.
8 E aconteceu que o pai de Públio estava de cama enfermo de febres e disenteria, ao qual Paulo foi ver; e havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.