5 Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem, tão-pouco, eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
6 Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
7 Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe, com bom coração, o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras.
8 Em todo o tempo sejam alvos os teus vestidos, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.
9 Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida da tua vaidade, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade: porque esta é a tua porção nesta vida, e do teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol.
10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque, na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.
11 Voltei-me, e vi, debaixo do sol, que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja, nem tão-pouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos.