4 Armou o seu arco como inimigo: firmou a sua dextra como adversário, e matou todo o que era formoso à vista; derramou a sua indignação como fogo na tenda da filha de Sião.
5 Tornou-se o Senhor como inimigo; devorou Israel, devorou todos os seus palácios, destruiu as suas fortalezas; e multiplicou na filha de Judá a lamentação e a tristeza.
6 E arrancou a sua cabana com violência, como se fosse a de uma horta; destruiu a sua congregação: o Senhor, em Sião, pôs em esquecimento a solenidade e o sábado, e, na indignação da sua ira, rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote.
7 Rejeitou o Senhor o seu altar, detestou o seu santuário; entregou na mão do inimigo os muros dos seus palácios: deram gritos na casa do Senhor, como em dia de reunião solene.
8 Intentou o Senhor destruir o muro da filha de Sião: estendeu o cordel, não retirou a sua mão destruidora; fez gemer o antemuro e o muro; eles estão juntamente enfraquecidos.
9 Abateram as suas portas; Ele destruiu e quebrou os seus ferrolhos: o seu rei e os seus príncipes estão entre as nações, onde não há lei, nem acham visão alguma do Senhor os seus profetas.
10 Estão sentados na terra, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; lançam pó sobre as suas cabeças, cingiram sacos: as virgens de Jerusalém abaixam as suas cabeças até à terra.