8 Então Jó lançou mão de um caco de cerâmica e com ele coçava-se, raspando suas feridas, sentado sobre as cinzas.
9 Então aproximando-se a esposa de Jó admoestou-lhe: “Deixe de ser teimoso em sua lealdade homem! Isso não vai resolver nada, amaldiçoa logo a Deus e morre!”
10 No entanto ele lhe afirmou: “Mulher! Tu falas como uma louca. Porventura receberemos de Deus apenas o bem que desejamos e não também o infortúnio que ele nos permite? E em toda essa provação os lábios de Jó não o fizeram vacilar e pecar.
11 E três amigos de Jó, ouvindo falar da desgraça que se abatera sobre ele e sua casa, vieram visitá-lo, partindo cada um de sua região, pois haviam combinado de vir prestar-lhe alguma solidariedade e consolo: Elifaz da cidade de Temã, Bildade de Suá, e Zofar, de Naamate.
12 Eles o avistaram à distância, contudo, mal puderem reconhecê-lo e romperam em lamentação e profundo choro ali mesmo. Em desespero cada um deles rasgou seu manto e lançou terra sobre a própria cabeça.
13 E ficaram sentados no chão, na companhia de Jó, durante sete dias e sete noites seguidos; e nenhum deles dizia a Jó qualquer palavra, pois ao contemplar seu grande sofrimento não encontravam forças para dizer nada.