Ben Sira 41 BPT09D

A morte

1 Ó morte, quão amargo é lembrar-se de tipara quem vive em paz no meio dos seus bens;não tem preocupações, é bem-sucedido em tudoe ainda tem forças para se alimentar.

2 Ó morte, quão bela é a tua sentença,para o necessitado e para aquele que não tem forças,para quem já está velho e cheio de preocupações,anda desiludido e já perdeu a paciência.

3 Não temas a sentença da morte,Lembra-te dos que morreram antes de tie daqueles que ainda vão morrer.

4 Esta é a sentença do Senhor para toda a criatura;por que te revoltarias contra a vontade do Altíssimo?Não faz diferença se viveres dez, cem ou mil anos;no mundo dos mortos ninguém pergunta sobre o tempo da vida.

O fim dos maus

5 Prole abominável são os filhos dos pecadores,que frequentam as casas dos ímpios.

6 A herança dos filhos dos pecadores será destruída,e a sua descendência viverá em perpétua vergonha.

7 Um pai ímpio é criticado pelos filhos,pois é por causa dele que se sentem envergonhados.

8 Ai de vós ímpios que abandonastes a lei do Deus Altíssimo!

9 Se os ímpios nasceram foi para a maldição;e quando morrerem, também será para a maldição.

10 Tudo o que vem da terra voltará para a terra;assim, os ímpios vão da maldição para a perdição.

O bom-nome

11 Os homens ficam de luto pela morte do corpo;mas o nome dos pecadores, por não ser um bom-nome, será apagado.

12 Cuida do teu bom nome porque de ti só ele restará,mais tempo do que milhares de tesouros de ouro.

13 As riquezas duram um certo número de dias,mas o bom-nome dura para sempre.

A vergonha

14 Meus filhos, conservem pacificamente a minha instrução;a sabedoria oculta e um tesouro escondido que utilidade têm?

15 Melhor é o homem que esconde a sua imbecilidadedo que aquele que esconde a sua sabedoria.

16 Portanto, meus filhos, respeitem a minha palavra.Pois não é bom ter vergonha de tudoe nem tudo é apreciado e tido em crédito por todos.

17 Envergonhem-se da imoralidade sexual,na presença do vosso pai e da vossa mãe;da mentira, na presença das autoridades e dos poderosos.

18 De um crime, na presença dos juízes e de um governante;na assembleia e na presença do povo, de desobediência à lei.

19 Na presença dos colegas e amigos,envergonhem-se da injustiça e de roubo, na vossa vizinhança.

20 Envergonhem-se na presença de Deus e da aliançade quebrar uma promessa ou um acordo,

21 Envergonhem-se também de ser mal-educadosquando receberem ou derem presentese de pôr os cotovelos em cima da mesa.

22 Envergonhem-se de não responder quando vos cumprimentaremde olhar para uma prostituta e de virar a cara a um parente,

23 de tirar a alguém aquilo que lhe pertence ou lhe foi dadoe de cobiçar a mulher de outro homem

24 ou de ter intimidade com a sua empregada;nem sequer vás para a cama com ela.

25 Envergonhem-se de usar palavras ofensivas contra os vossos amigosou de ofendê-los depois de lhes darem alguma coisa.

26 Envergonhem-se de repetir o que ouvirame também de revelar segredos.

27 Assim ficarão verdadeiramente envergonhadose encontrarão favor diante de todos os homens.

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