4 Fecham-se as portas que dão para a rua, apaga-se o ruído das mós e, embora as aves cantem, já não se ouve o seu cantar.
5 A altura começa a causar vertigens e os caminhos ficam cheios de perigos, enquanto a amendoeira começa a florir, o gafanhoto a engordar e a alcaparra a dar fruto. Mas o homem vai para a sua morada eterna. Os que acompanham o seu funeral já se juntaram na rua.
6 Lembra-te do teu Criador, antes que se quebre o fio de prata, se despedace a taça de ouro, antes que o cântaro se quebre na fonte ou que a roda do engenho caia dentro do poço.
7 Então o que é pó volta para a terra donde veio. E o sopro da vida volta para Deus, que a tinha dado.
8 Eu, o sábio Qohelet, repito: «Tudo é ilusão, pura ilusão!»
9 Quanto mais o sábio Qohelet crescia em sabedoria, mais ensinava. Além de ser um sábio, ensinava também o povo e conservou, estudou e inventou muitos provérbios.
10 Tentou encontrar palavras apropriadas e escreveu a verdade com acerto.