Deuteronómio 2 ARCPT

Moisés fala acerca dos edomitas, moabitas, e amonitas

1 DEPOIS, virámo-nos, e caminhámos ao deserto, caminho do Mar Vermelho, como o Senhor me tinha dito, e muitos dias rodeámos a montanha de Seir.

2 Então o Senhor me falou, dizendo:

3 Assaz tendes rodeado esta montanha; virai-vos para o norte.

4 E dá ordem ao povo, dizendo: Passareis pelos termos dos vossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir; e eles terão medo de vós; porém, guardai-vos bem:

5 Não vos entremetais com eles, porque vos não darei da sua terra, nem ainda a pisada na planta de um pé; porquanto a Esaú tenho dado a montanha de Seir por herança.

6 Comprareis deles, por dinheiro, comida para comerdes; e, também, água para beber, deles comprareis por dinheiro.

7 Pois o Senhor, teu Deus, te abençoou, em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto: estes quarenta anos o Senhor, teu Deus, esteve contigo, coisa nenhuma te faltou.

8 Passando, pois, por nossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitavam em Seir, desde o caminho da planície de Elath e de Ezeon-geber, nos virámos e passámos o caminho do deserto de Moab.

9 Então o Senhor me disse: Não molestes a Moab, e não contendas com eles em peleja, porque te não darei herança da sua terra; porquanto tenho dado Ar aos filhos de Loth por herança.

10 (Os emeus, dantes, habitaram nela: um povo grande e numeroso, e alto como os gigantes;

11 Também estes foram contados por gigantes, como os enaquins: e os moabitas lhes chamavam emeus.

12 Dantes, os horeus também habitaram em Seir: porém os filhos de Esaú os lançaram fora, e os destruíram diante de si, e habitaram no seu lugar, assim como Israel fez à terra da sua herança, que o Senhor lhes tinha dado.)

13 Levantai-vos agora, e passai o ribeiro de Zered: assim passámos o ribeiro de Zered.

14 E os dias que caminhámos, desde Cades-bárnea até que passámos o ribeiro de Zered, foram trinta e oito anos, até que toda aquela geração dos homens de guerra se consumiu do meio do arraial, como o Senhor lhes jurara.

15 Assim, também, foi contra eles a mão do Senhor, para os destruir do meio do arraial, até os haver consumido.

16 E sucedeu que, sendo já consumidos todos os homens de guerra, pela morte, do meio do arraial,

17 O Senhor me falou, dizendo:

18 Hoje passarás por Ar, pelos termos de Moab;

19 E chegarás até defronte dos filhos de Amon: não os molestes, e com eles não contendas; porque da terra dos filhos de Amon te não darei herança, porquanto aos filhos de Loth a tenho dado por herança.

20 (Também esta foi contada por terra de gigantes: dantes nela habitavan gigantes, e os amonitas lhes chamavam zamzumeus:

21 Um povo grande, e numeroso, e alto, como os gigantes; e o Senhor os destruiu de diante de si, e eles os lançaram fora, e habitaram no seu lugar;

22 Assim como fez com os filhos de Esaú, que habitavam em Seir, de diante dos quais destruiu os horeus, e eles os lançaram fora e habitaram no seu lugar, até este dia;

23 Também os caftoreus, que saíram de Caftor, destruíram os aveus, que habitavam em Azerim, até Gaza, e habitaram no seu lugar.)

24 Levantai-vos, parti e passai o ribeiro de Arnon; eis aqui na tua mão tenho dado a Seón, amorreu, rei de Hesbon, e a sua terra; começa a possuí-la, e contende com eles em peleja.

25 Neste dia, começarei a pôr um terror e um temor de ti diante dos povos que estão debaixo de todo o céu: os que ouviram a tua fama tremerão diante de ti e se angustiarão.

26 Então mandei mensageiros desde o deserto de Quedemoth a Seón, rei de Hesbon, com palavras de paz, dizendo:

27 Deixa-me passar pela tua terra: somente pela estrada irei; não me desviarei para a direita nem para a esquerda.

28 A comida que eu coma vender-ma-ás por dinheiro, e dar-me-ás por dinheiro a água que beba: tão somente deixa-me passar a pé;

29 Como fizeram comigo os filhos de Esaú, que habitam em Seir, e os moabitas, que habitam em Ar; até que eu passe o Jordão, a terra que o Senhor, nosso Deus, nos há de dar.

30 Mas Seón, rei de Hesbon, não nos quis deixar passar por ele, porquanto o Senhor, teu Deus, endurecera o seu espírito, e fizera obstinado o seu coração, para to dar na tua mão, como neste dia se vê.

31 E o Senhor me disse: Eis aqui, tenho começado a dar-te Seón, e a sua terra, diante de ti: começa, pois, a possuí-la, para que herdes a sua terra.

32 E Seón saiu-nos ao encontro, ele e todo o seu povo, à peleja, a Jaaz;

33 E o Senhor, nosso Deus, no-lo deu diante de nós, e o ferimos a ele, e a seus filhos, e a todo o seu povo.

34 E, naquele tempo, tomámos todas as suas cidades, e destruímos todas as cidades, homens, mulheres e crianças; não deixámos a ninguém.

35 Somente tomámos em presa o gado para nós, e o despojo das cidades que tínhamos tomado.

36 Desde Aroer, que está à borda do ribeiro de Arnon, e a cidade que está junto ao ribeiro, até Gilead, nenhuma cidade houve que de nós escapasse: tudo isto o Senhor, nosso Deus, nos entregou diante de nós.

37 Somente à terra dos filhos de Amon não chegaste: nem a toda a borda do ribeiro de Jaboque, nem às cidades da montanha, nem a coisa alguma que nos proibira o Senhor, nosso Deus.

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