18 Enterrei também aqueles que Senaqueribe mandou matar, quando regressou como fugitivo da Judeia, durante o tempo do castigo que o Rei do céu decretou contra ele pelas blasfémias que havia proferido. Senaqueribe ficou tão furioso que mandou matar muitos israelitas. Mas em segredo, eu pegava nos corpos e enterrava-os; e, quando Senaqueribe os procurava não os achava.
19 Mas um dos moradores de Nínive foi contar ao rei que era eu quem enterrava os corpos às escondidas. Quando tive conhecimento que o rei, sabendo o que eu tinha feito, me queria matar, fiquei com medo e escondi-me; depois fugi.
20 Todos os meus bens foram confiscados e entregues ao tesouro do rei. Não fiquei com nada, a não ser com Ana, a minha mulher, e com o meu filho Tobias.
21 Quarenta dias depois disso, os dois filhos de Senaqueribe mataram-no e fugiram para as montanhas de Ararat. O seu filho Assaradom sucedeu-lhe no trono. Este nomeou ministro das finanças do reino o filho do meu irmão Anael, chamado Aicar, e deu-lhe autoridade sobre toda a sua casa.
22 Nessa altura, Aicar intercedeu por mim e eu pude voltar para Nínive. Pois, já no tempo de Senaqueribe, rei da Assíria, Aicar tinha sido copeiro-mor, ministro da justiça, administrador e tesoureiro, e Assaradom reconduziu-o em todos os seus cargos. Ele era, de facto, meu sobrinho, um membro da minha família.