2 Puseram a mesa e colocaram muitos pratos de comida na minha frente. Então eu disse a Tobias: «Vai e traz qualquer um dos nossos irmãos necessitados que encontrares e que seja obediente ao Senhor, e eu esperarei por ti.»
3 Então Tobias foi procurar algum dos nossos irmãos que fosse pobre. Quando voltou, disse: «Pai, um dos do nosso povo foi estrangulado e atirado para o meio da praça.»
4 Levantei-me da mesa, sem comer coisa alguma, e saí logo. Tirei o defunto da rua e pu-lo num quartinho exterior, para que ficasse ali até ao pôr do sol. Depois de anoitecer, já poderia enterrá-lo.
5 Entrei em casa, tomei um banho para me purificar e jantei, muito triste.
6 Lembrei-me daquilo que o profeta Amós tinha dito ao povo de Betel: «As suas festas serão transformadas em velórios; vocês vão chorar em vez de cantar.» Então comecei a chorar.
7 Depois do pôr do sol saí, fiz uma cova e enterrei o corpo.
8 Os vizinhos viram o que eu estava a fazer e riram-se de mim, dizendo: «Ele não tem medo de ser condenado à morte por fazer isto; já teve que fugir uma vez, mas continua a enterrar os mortos.»