8 Sete vezes Sara tinha sido dada em casamento, mas em todas elas um demónio mau chamado Asmodeu matou o noivo antes que o casal tivesse relações. A empregada disse então a Sara: «Parece que gostas de matar os teus maridos! Foste dada em casamento a sete homens, mas não chegaste a ser mulher de nenhum deles.
9 Será que é por que eles morreram que nos bates? Pois vai encontrar-te com eles! Espero que nunca cheguemos a ver um filho ou uma filha tua.»
10 Naquele dia, Sara ficou muito triste e pôs-se a chorar. Subiu então ao quarto do seu pai com a intenção de se enforcar, mas refletiu e disse para consigo: «Não; não posso fazer uma coisa destas! Pois todos insultariam o meu pai e diriam: “Tinhas somente uma filha querida, e ela teve tantos desgostos que se enforcou.” A tristeza faria o meu velho pai descer para o mundo dos mortos e eu seria a culpada. Não; não me vou matar. Será melhor eu pedir a Deus que me deixe morrer e assim não terei de ouvir mais insultos.»
11 No mesmo instante, ela foi até à janela, levantou as mãos e orou assim: «Louvado sejas, ó Deus misericordioso; louvado seja o teu nome para sempre. Que todas as tuas obras te louvem eternamente!
12 Agora eu olho para ti e faço o meu pedido.
13 Ordena que eu seja tirada deste mundo para que não precise de ouvir mais insultos.
14 Tu bem sabes, ó Senhor, que sou virgem; nunca nenhum homem tocou em mim.