10 O sumo sacerdote explicou-lhe que uma parte do depósito era das viúvas e dos órfãos, somando no total catorze mil quilos de prata e sete mil quilos de ouro, ao contrário das calúnias feitas pelo ímpio Simão.
11 A outra parte pertencia a Hircano, filho do Tobias, homem que ocupava uma posição muito elevada.
12 Disse-lhe ainda que seria absolutamente impossível causar tal injustiça contra os que confiavam na santidade do lugar e na dignidade e inviolabilidade do templo, venerado em todo o mundo.
13 Mas Heliodoro, em virtude das ordens recebidas do rei, insistiu perentoriamente que esses bens deveriam ser confiscados para o tesouro do real.
14 No dia marcado, Heliodoro entrou no templo para fazer um inventário das riquezas existentes. Não foi pequena a consternação sentida por toda a cidade.
15 Os sacerdotes, vestindo os seus mantos sacerdotais, curvaram-se diante do altar e pediram ao céu, àquele que fez a lei dos depósitos, que os conservasse intactos para aqueles que os tinham depositado.
16 Quem olhasse para o sumo sacerdote sentiria uma dor no coração, pois a alteração nas cores do seu rosto mostrava a aflição da sua alma.