22 a fim de, agindo assim, escapar à morte, e gozar deste gesto de humanidade da parte deles, em virtude da antiga amizade.
23 Mas ele tomou uma nobre decisão, digna da sua idade, devido prestígio que a sua velhice lhe dava, distinção conquistada com os seus cabelos brancos, como também da sua conduta impecável desde criança, mas principalmente digna da lei instituída por Deus; respondeu em conformidade que o mandassem, sem demora, para o mundo dos mortos.
24 Disse ele: «Não é digno da nossa idade fingir, para que muitos dos jovens não venham a pensar que Eleazar, com noventa anos de idade, se tenha convertido a costumes pagãos,
25 e para que, por causa do meu fingimento e só para prolongar um pouco mais a brevidade da minha vida, eles se não desviem por minha causa, e eu não atraia vergonha e desonra para a minha velhice.
26 E, mesmo que no presente momento eu me livrasse do castigo humano, não escaparia vivo ou morto, das mãos do Todo-Poderoso.
27 Portanto, se corajosamente deixar agora a vida, mostrarei ser digno da minha velhice.
28 E deixo também aos jovens um nobre exemplo de como se deve morrer voluntária e generosamente pelas nossas venerandas e santas leis.» Dito isto, imediatamente se encaminhou para o suplício.