24 Disse ele: «Não é digno da nossa idade fingir, para que muitos dos jovens não venham a pensar que Eleazar, com noventa anos de idade, se tenha convertido a costumes pagãos,
25 e para que, por causa do meu fingimento e só para prolongar um pouco mais a brevidade da minha vida, eles se não desviem por minha causa, e eu não atraia vergonha e desonra para a minha velhice.
26 E, mesmo que no presente momento eu me livrasse do castigo humano, não escaparia vivo ou morto, das mãos do Todo-Poderoso.
27 Portanto, se corajosamente deixar agora a vida, mostrarei ser digno da minha velhice.
28 E deixo também aos jovens um nobre exemplo de como se deve morrer voluntária e generosamente pelas nossas venerandas e santas leis.» Dito isto, imediatamente se encaminhou para o suplício.
29 Mas aqueles que o conduziam, pouco antes afetuosos para com ele, tornaram-se-lhe hostis por causa das palavras que ele tinha proferido, por as julgarem loucura.
30 Estando prestes a morrer por espancamento, soltou um gemido e disse: «Ao Senhor, cuja sabedoria é santa, para quem é tudo manifesto. Ele sabe que eu, podendo ter escapado da morte, suporto estas terríveis dores dos açoites; mas, na minha alma, sofro com alegria, porque o temo.»