2 «Ó Senhor, Deus do meu antepassado Simeão! Tu deste-lhe uma espada para que ele se vingasse dos estrangeiros que agarraram a virgem Dina e a forçaram. Eles tiraram-lhe as roupas e a violentaram, para a desonrarem e envergonharem. Tu tinhas dito que uma coisa dessas não devia ser feita, mas eles fizeram-na.
3 Por isso, tu deixaste que os chefes daqueles estrangeiros fossem mortos; na mesma cama em que enganaram a jovem, eles também foram enganados e o seu sangue derramado. Tu mataste os escravos juntamente com os seus donos e os reis nos seus tronos.
4 Deixaste que as suas mulheres fossem presas, que as suas filhas fossem levadas como prisioneiras e que tudo o que eles tinham fosse distribuído entre os teus amados filhos. Os irmãos de Dina eram dedicados a ti e estavam sempre prontos para fazerem a tua vontade. Eles ficaram furiosos com a desgraça da sua irmã e clamaram a ti, pedindo ajuda. Ó Deus, meu Deus, ouve-me também a mim, que sou viúva.
5 Foste tu que fizeste tudo o que aconteceu no passado, o que acontece agora e o que há de acontecer. Tu planeias os acontecimentos do presente e do futuro. Tudo acontece de acordo com a tua vontade.
6 As coisas que já planeaste apresentam-se e dizem: “Aqui estamos.” Todos os teus planos estão prontos e todas as tuas decisões já foram tomadas.
7 Vê como os assírios estão cada vez mais fortes, como eles têm orgulho dos seus cavalos e cavaleiros e se gabam da força dos seus soldados. Confiam nos seus escudos e nas suas lanças, nos seus arcos e nas suas fundas e não sabem que tu, Senhor, és aquele que acaba com as guerras.
8 O teu nome é Senhor. Ó Deus, com o teu poder acaba com o poder deles, e na tua ira destrói a sua força. Eles querem profanar o teu templo, o lugar onde o teu glorioso nome é adorado, e planeiam derrubar o teu altar com as suas espadas.